Paulo Neves O rosto do Modelo na Região
Qualidade, bem servir e simpatia são os segredos do negócio. Bem pode dizê-lo Paulo Neves, Director da cadeia Modelo nos Açores.
Açores Mundo - Nome completo?
Paulo Neves - Paulo Manuel Leite Sousa Neves.
AM- Fale-nos do seu percurso profissional e da sua experiência como Director dos estabelecimentos Modelo.
PN- Licenciei-me na Faculdade de Economia do Porto, onde também me iniciei no mercado de trabalho. Após cumprir o serviço militar vim para os Açores. Trabalhei no Tribunal de Contas, na Unileite e entrei para o Grupo Sousa Lima em 1991. Desde então açambarquei o projecto da grande distribuição e, actualmente, sou Director Geral da Insco Insular Hipermercados, o que tem sido uma experiência muito interessante. Estamos perante uma empresa muito dinâmica e em forte crescimento, que muda todos os dias e que se prepara para enfrentar o novo desafio que é satisfazer os clientes.É extremamente aliciante.
AM- Porque enveredou por esta área?
PN- Aconteceu por acaso. Quando comecei a trabalhar para o Grupo Sousa Lima não tinha muito a ideia da distribuição e acabou por funcionar como um teste. Trata-se de uma vertente comercial muito envolvente, que ou se gosta ou se detesta. E eu tive a sorte de gostar. De outra maneira é difícil continuar no ramo, porque os clientes mudam todos os dias e nós temos de acompanhá-los. O importante é surpreender sempre os clientes pela inovação, o que exige muito da nossa parte. Ao mesmo tempo, é um projecto muito cativante, em que vemos os resultados diariamente, podendo, com a mesma frequência, por em prática novos conceitos, soluções, projectos. O retorno é imediato e constante por parte dos clientes, o que por si só é motivante. Fiquei e gostei!
AM- São 6 Hiper Modelo nos Açores. A seu ver, quais as maiores diferenças entre eles? O tipo de clientes?
PN- Na ilha de São Miguel temos 3 superfícies. O Modelo de Ponta Delgada, que tem um formato diferente e é o maior de todos. São mais de 5000 metros quadrados de área de venda integrados num centro comercial, podendo assim ser visto como o que maior oferta tem na Região, o mais amplo, o que tem mais artigos e que serve em simultâneo o dia a dia dos clientes, mas dispõe também de uma oferta para compras mensais e extraordinárias.Os Modelos da Ribeira Grande e da Lagoa são de menor dimensão. Apesar de tudo, tentamos e conseguimos ter uma enorme variedade de produtos. Falamos de mais de 30 mil artigos referenciados, mas ambas as unidades apostam essencialmente num consumo diário e permanente. São duas superfícies mais independentes, visto não estarem integradas em centros comerciais, e tentam servir os mesmos clientes de uma forma diferente.
AM- E no resto do Arquipélago?
PN- O Grupo Central tem ao seu dispor três Modelos. Dois na ilha Terceira e um no Faial.O Modelo de Angra do Heroísmo (2500 metros quadrados) e o da Praia da Vitória (1500 metros quadrados) têm formatos ligeiramente diferentes um do outro.Ambos munidos de uma loja Modalfa e uma Worten são unidades muito interessantes que continuam a servir bem a população da ilha Terceira.No Modelo do Faial também fazemos um esforço permanente para servir bem os clientes da Horta e, eventualmente, também da ilha do Pico.
AM- Denota a existência de alguma concorrência interna?
PN- Sem dúvida. A nossa forma de estar na empresa implica alguma agressividade, o que fomenta assim uma certa competição interna.È evidente que há normas gerais para os Hipermercados e nós tentamos, mantendo um sistema informático adequado, que, na sua maioria, os preços sejam iguais em todas as superfícies. Claro que não podemos garanti-lo em pleno, pois é exigida uma grande autonomia de gestão às diversas unidades. Mas as vantagens que podemos dar aos nossos clientes, como a variedade de produtos, baixo preço, minimização do tempo de espera na linha de caixas e um bom atendimento, são características comuns a todas as nossas superfícies. Depois tentamos, através de uma grande competição, saber quem serve melhor os clientes.
AM- E em termos de segurança?
PN- Temos um sistema de segurança interno e uma pessoa responsável por esta área. Ainda no passado dia 11 de Novembro realizamos um simulacro no Modelo do Parque Atlântico. Também Já fizemos um simulacro no Modelo da Ribeira Grande antes da hora de abertura. Além disso, temos sistemas de segurança montados e vamos implementar um sistema que anualmente garanta que, com o público presente, façamos um simulacro forjando situações de incêndio, de sismo ou outra qualquer situação que possa suceder nos nossos hipermercados.
AM- Fale-nos das campanhas dos hipermercados Modelo, inclusive as de Natal.
PN- Os hipermercados Modelo têm campanhas permanentes e outras específicas para cada época do ano, sobretudo no Natal. Distribuímos folhetos de campanha, alguns até muito interessantes com brinquedos de Natal. Ainda no mês passado, realizamos uma campanha em que o cliente usufruía de um bónus de 50% em todos os brinquedos.Não esquecemos também as promoções dos artigos que mais se consomem no Natal, como os frutos secos, os ingredientes para a doçaria de Natal e Ano Novo.Dispomos ainda de promoções interessantes na área da Moda, que constitui para nós um universo muito agressivo. Além dos Modelos dispomos de algumas unidades de venda têxtil como a Modalfa nas três ilhas e a SportZone, RiverWoods, a Quebra-Mar e a Salsa em Ponta Delgada.
AM- Quanto a perspectivas de abrir mais Hipermercados Modelo noutras ilhas…
PN- O nosso estudo e análises de mercado são permanentes e realmente estamos perante nove ilhas de diferentes dimensões e velocidades económicas. É provável que em 2006 se verifique a abertura de um Hiper Modelo numa outra ilha, que não seja a de São Miguel, a Terceira ou o Faial.
“Temos de tentar todos os diassurpreender os clientes pela inovação(…) é um projecto muito cativante, em quevemos os resultados diariamente(…)”.
Raquel Moreira
Public in "Açores Mundo", Dez. 2005.
terça-feira, 15 de janeiro de 2008
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