Bruno Medeiros
Venceu o Concurso das Profissões a nível regional na área de Carpintaria, o que o levou directamente a Aveiro para a prova nacional, de onde também saiu vencedor entre quatro concorrentes. Os mundiais, realizados em Helsínquia, valeram-lhe também o primeiro lugar, o que “foi muito bom”. Quando representou Portugal a nível europeu, em Roterdão, Bruno Medeiros, foi também o número um. Foi tudo muito “rápido”, relembra, e teve apenas “uma semana” de preparação, mas “sempre" gostou desses "desafios”.
Venceu o Concurso das Profissões a nível regional na área de Carpintaria, o que o levou directamente a Aveiro para a prova nacional, de onde também saiu vencedor entre quatro concorrentes. Os mundiais, realizados em Helsínquia, valeram-lhe também o primeiro lugar, o que “foi muito bom”. Quando representou Portugal a nível europeu, em Roterdão, Bruno Medeiros, foi também o número um. Foi tudo muito “rápido”, relembra, e teve apenas “uma semana” de preparação, mas “sempre" gostou desses "desafios”.
O seu percurso de vida é marcado já por várias vitórias, desde as provas regionais até ao mundial, o que o deixa “muito feliz”. Bruno Medeiros é natural do Cabouco, concelho da Lagoa e tem 22 anos. Desde pequeno “sempre” gostou de trabalhar em madeira, “pregar pregos e fazer cancelas”. Quando terminou o 9º ano, decidiu estudar na Escola profissional das Capelas, onde fez formação na área de Carpintaria. “Tive um curso de qualificação de um ano, depois fiz o estágio e fui trabalhar para a Ribeira Grande, onde já estou fez cinco anos em Setembro passado”- esclarece.
Referindo-se ao Concurso Nacional das Profissões, o jovem conta que a Escola Profissional das Capelas o convidou a participar no concurso regional, onde obteve o “primeiro lugar, entre quatro concorrentes”. Em 2003, participou no concurso nacional em Aveiro, onde participaram, também um alentejano, um madeirense e um concorrente da zona centro. Conseguiu “novamente” o primeiro lugar, recorda, reconhecendo que foi “muito bom” ser considerado o “melhor português”.
O facto de ter ficado em primeiro lugar, explica, levou a que tivesse direito a participar nos mundiais que ocorreram em 2005, a Helsínquia, na Finlândia. Isto, com 19 anos de idade. Mas claro que, sublinha, antes de ir a Helsínquia teve “dois meses” de preparação. A prova correu-lhe bem, confessa, lembrando que recebeu também um certificado de trabalho, com nota “Excelente”. A escala é de ‘0’ a ‘600’ pontos, esclarece, e, quem obtém mais de 500, recebe medalhões de trabalho excelente, tal como existem outras medalhas a nível mundial. Entretanto, surgiu uma proposta para representar Portugal a nível europeu, em Roterdão, na Holanda. Proposta que aceitou de imediato, pois “sempre gostei desses desafios”. Afirma ter sido tudo “muito rápido”, de modo que teve apenas “uma semana de preparação”, no continente.
Quanto à prova, esta consistia em fazer uma porta e foi realizada em dezoito horas, divididas em três dias e “correu-me muito bem”. Bruno Medeiros ficou novamente em “primeiro” lugar, desta vez entre oito concorrentes. “Fazíamos o pranteado, o desenho da prova, que tinha que ser entregue no fim do primeiro dia para ser avaliado. No segundo dia, tivemos a concretização de uma porta com arco em cima, que tinha de ficar pronta, armada, colada e com os acabamentos terminados”- recorda, avançando que antes de se armar a porta, esta foi toda “avaliada, inclusive os pormenores de encaixe”. No terceiro dia o trabalho consistia em fazer uma “janela basculante, para ser adaptada” à porta.
Como já tinha “alguma” experiência dos concursos anteriores, no fim das provas cada um “olhava” para os trabalhos dos outros e, claro, sempre encontrava uns “melhores” do que outros. Na cerimónia de encerramento, Bruno Medeiros afirma ter ficado “muito feliz”, por ser campeão europeu, o que, admite, “não se consegue num abrir e fechar de olhos”.
Tanto a família como os amigos, diz estarem todos muito “satisfeitos” e acrescenta que lhe têm dado parabéns, “muitas” vezes.
Na sua ida para o campeonato europeu, resolveu que não irá continuar na empresa onde se encontra a trabalhar actualmente. “Aprendi muito mesmo e abri muito os olhos, mas só lá fico até 21 de Novembro””, explica, pois já tem outra “proposta” de trabalho na Região, de alguém que já o conhecia e “sempre” gostou do seu trabalho. Questionado sobre uma eventual ida para o estrangeiro, Bruno afirma que gosta muito de estar “perto da família”, mas tudo iria “depender” da proposta em si.
“Planeio também dar formação e sempre tive o sonho de ter o meu próprio negócio”- revela. Diz estar em fase de “estudo”, tendo chegado mesmo a discutir o assunto com Rui Bettencourt, director regional do Trabalho e Qualificação Profissional, que logo lhe indicou a “possibilidade” de fazer o curso de formação para formadores.
A quem pense seguir a via profissional, o jovem aconselha as pessoas a “acreditarem” nas escolas profissionais, pois “aprende-se muito”.
Raquel Moreira
Public in Terra Nostra, Outubro de 2008.
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