Ménito Ramos
Estar perante milhares de pessoas, apesar de poder ser "intimidante", é acima de tudo algo "estimulante e gratificante", especialmente quando tem o "privilégio único" de ouvir milhares de vozes a cantarem também canções que ele próprio escreve e que são "fruto da sua imaginação e das suas vivências pessoais". Para Ménito Ramos, saber que o seu trabalho pode influenciar a vida de muitas outras pessoas é "combustível" mais do que suficiente para querer continuar. A vida é para ser vivida, "um dia de cada vez".
Estar perante milhares de pessoas, apesar de poder ser "intimidante", é acima de tudo algo "estimulante e gratificante", especialmente quando tem o "privilégio único" de ouvir milhares de vozes a cantarem também canções que ele próprio escreve e que são "fruto da sua imaginação e das suas vivências pessoais". Para Ménito Ramos, saber que o seu trabalho pode influenciar a vida de muitas outras pessoas é "combustível" mais do que suficiente para querer continuar. A vida é para ser vivida, "um dia de cada vez".
"Quero adormecer" (da novela "Tu e Eu") e "Se um anjo te levar" (do par romântico Nalini e Salvador, da novela "Fascínios") são alguns sucessos deste jovem cantor e compositor, que compõe para várias produções e artistas nacionais, nomeadamente para Beto. Ménito Ramos, cantor e compositor, conta que nasceu a 4 de Março de 1974 no Luxemburgo, onde viveu até aos sete anos de idade. Mas como verdadeiro filho de pais portugueses, vinha "anualmente" a Portugal de férias, até que aos sete anos veio para ficar.
Iniciou-se no mundo da música aos "nove anos" de idade como teclista, junto com os pais numa banda que actuava em bailes. Por volta dos 18 anos, já tocava em alguns dos míticos bares de música ao vivo em Lisboa e fazia "direcção musical" para alguns artistas do panorama musical da altura. Um pouco mais tarde, começou a fazer as suas "primeiras experiências num pequeno estúdio que construiu em casa" e, algum tempo depois, recorda, surgiram os primeiros convites para trabalhar como "orquestrador/arranjador" de outros produtores, já ligados à produção discográfica de topo.
Mas logo nas primeiras sessões de estúdio percebeu com toda a clareza que era esta a carreira que pretendia seguir, "enquanto a vida lhe permitisse". O facto é que em pouco tempo, surgiram os primeiros convites, para além de arranjos em álbuns, assumir também a respectiva produção. O que, afirma, tem sido uma "viagem alucinante em constante aprendizagem".
A produção, a composição e o canto, diz serem trabalhos "bastante diferentes", pois enquanto em estúdio "procuram" o 'take' certo e adequado, "independentemente do tempo que demore", no palco dispõem de "apenas uma oportunidade" de fazer o 'take' certo. Mas junto com o "risco de falhar, vem a adrenalina", salienta. Ao saber que "partilha" esse risco com músicos em palco, Ménito cria uma "nova oportunidade" de improviso, o que o leva novamente a "alimentar o ciclo da criatividade e inspiração" de cada um. Isto, "mesmo quando não se faz o que era suposto fazer".
Estar perante milhares de pessoas, apesar de poder ser "intimidante", diz ser acima de tudo algo "estimulante e gratificante", reconhece, especialmente quando tem o "privilégio único" de ouvir milhares de vozes a cantarem também canções que ele próprio escreve e que são "fruto da sua imaginação e das suas vivências pessoais". Saber que o seu trabalho pode influenciar a vida de muitas outras pessoas, é, enfatiza, "combustível" mais do que suficiente para querer continuar.
A parceria com Beto surgiu, relata, quando Ménito o convidou para participar no seu primeiro álbum intitulado "Finalmente". Até porque são vizinhos e "partilham imensas influências musicais". Beto aceitou o convite e cantaram em dueto a balada "Quero adormecer".
Por ter apreciado o seu trabalho e o que ouviu de Ménito na altura e,, estando a gravar o seu primeiro álbum a solo, "Olhar em frente", Beto convidou-o a escrever alguns temas. Ménito escreveu três temas, um deles um "enorme" sucesso. Falamos de "Memórias Esquecidas", o primeiro single do álbum.
A partir dessa altura, Ménito passou a trabalhar em "todos" os álbuns do Beto, inclusive o mais recente, "Por minha conta e risco", lançado há poucos meses. Este foi integralmente escrito e produzido por Ménito, que tem também uma participação especial, como intérprete, em dueto com Beto no tema "Não basta o teu olhar" e que o considera "inevitavelmente" um álbum muito especial e pessoal.
Para além desta parceria discográfica, os dois músicos têm também um projecto em que se apresentam em concertos ao vivo e em dueto, com músicas dos repertórios de cada um. Um projecto que lhes tem dado "imenso prazer" desenvolver.
O álbum "Finalmente" foi fundamental, dado que foi o primeiro, mas era a seu ver "pouco coerente" a nível musical, pois Ménito gravou-o pela "necessidade de explorar e pesquisar" áreas diferentes.
De qualquer forma, foi um álbum que o ajudou a "perceber" o caminho a seguir no futuro e onde contou com a participação de uma lista "enorme de músicos únicos e geniais", que com Ménito partilharam o seu talento.
Do álbum "A noite grita por mim" destaca-se o tema com o mesmo título, que fez parte da banda sonora da novela "Mundo Meu". Esta, recorda, foi uma das primeiras músicas que o fez sentir a tal sensação "fantástica" de ouvir milhares de vozes a cantar em uníssono consigo e, admite, será sempre um tema "muito importante" na sua carreira.
Quanto à sua participação em bandas sonoras de telenovelas, a oportunidade surgiu de um convite para escrever e produzir um tema, que acabaria por fazer parte da primeira série de "Morangos com Açúcar". Escreveu "O Mundo não acaba aqui" e, a titulo de "maqueta", enviou o tema que ele próprio cantou, relata.
"Ironicamente, o tema agradou de tal forma que foi aceite de imediato e quando voltei a ouvi-lo, foi já na televisão, integrado na banda sonora da série e nem cheguei a acabar a sua produção"- esclarece.
A primeira experiência correu muito bem, reconhece, e os responsáveis pela escolha dos temas para as bandas sonoras começaram a lançar-lhe desafios, no sentido de escrever "especificamente" em função das novelas, da história e das personagens. Trabalho que avança dar-lhe um "enorme prazer" e que lhe permitiu continuar a participar na maioria das novelas, dos últimos 5 anos.
Segundo o cantor, tudo o que nos rodeia pode ser "motivo" de inspiração, ressalva, indo desde as suas vivências pessoais à vivência pessoal de um amigo. Outras vezes, "simplesmente" deixa-se levar pelo seu imaginário, que reconhece poder conduzi-lo a locais "inimagináveis", onde a sua imaginação e criatividade não têm "barreiras nem limites".
Já tinha ido dar um concerto à ilha de São Jorge, mas na verdade lamenta nunca viajar "com tempo", para conhecer os sítios por onde passa. Mesmo assim, "o arquipélago dos Açores é um daqueles locais deste nosso planeta, que foi contemplado com tamanha beleza e riqueza natural, que não basta uma pequena viagem para o ficar a conhecer. De qualquer forma, o pouco que tive o privilégio de ver, foi realmente fantástico"- acentua, avançando ter sido também "especial", a forma como sempre foi recebido. De tal modo que ficou com a enorme sensação de querer "voltar", o que espera que aconteça em "breve".
Define-se como alguém que tem o privilégio de fazer o que sempre "sonhou" fazer, que aprecia a vida e que a vive "um dia de cada vez", como se fosse o último.
O que mais gosta nas pessoas é a "integridade, a honestidade e a sinceridade". Por outro lado, não gosta de "hipocrisia e de falsidade".
Na sua opinião, a música portuguesa vive actualmente um período muito "complicado", pois devido à "pirataria, à venda ilegal de cds copiados e não originais e aos downloads ilegais", os álbuns originais acabam por não vender o suficiente para "rentabilizar" o investimento feito na produção de um álbum, o que, a curto/médio prazo, conduzirá uma grande parte das editoras e artistas/profissionais da música à "total extinção".
"Não deixa de ser irónico, as pessoas condenarem à extinção os artistas de que mais gostam e cujos trabalhos mais apreciam. Porque apesar de as músicas fazerem sucesso, os álbuns originais não vendem proporcionalmente ao sucesso das músicas, e não rentabilizando o investimento, não se pode gravar um próximo álbum"- salienta.
Segundo Ménito Ramos, as maiores dificuldades de um artista em inicio de carreira em Portugal, prendem-se com a dificuldade em "apresentar e promover" os novos projectos. É difícil encontrar uma editora disposta a fazer o "investimento" necessário para promover um novo projecto e para o levar ao grande público, uma vez que, cada vez mais, acentua, a pirataria "limita" as capacidades de investimento das editoras. Sim, porque o "prejuízo é quase garantido", ainda que os álbuns e as músicas tenham sucesso.
A nível de televisão, o músico argumenta existirem actualmente "poucos" programas que promovam com o devido "destaque" os vários trabalhos musicais. Além disso, há "pouco tempo de antena dedicado inteiramente à música e são poucos os programas de televisão em horário nobre, que se dediquem inteira e exclusivamente à música, como antes havia alguns".
Referindo-se às rádios, afirma que "algumas" cumprem o seu papel na divulgação da música portuguesa, mas outras nem por isso. O artista vai ainda mais longe ao dizer que algumas rádios nacionais, limitam-se a passar os mesmos "5 ou 6 artistas de sempre". E a lei das quotas de música portuguesa "não mudou nada" nesse sentido, apenas fez com que essas mesmas rádios passassem "mais músicas" dos mesmos 5 ou 6 artistas de sempre, critica.
A seu ver, o artista tem "responsabilidades sociais e deve tomar posições", sempre em função das suas "crenças e convicções" sociais e pessoais.
Em termos futuros, Ménito Ramos pretende continuar a fazer aquilo que sempre quis fazer, música. Tem também de cumprir com vários compromissos profissionais que assumiu, nomeadamente a nível de produção/composição. Logo que isso aconteça, o objectivo é começar a projectar "novos desafios", pois não gosta de estar "parado". Mas como sempre, sublinha, "um dia de cada vez".
A banda de Ménito Ramos integra Mauro Ramos (baterista); Gonçalo Pereira (guitarrista); Miguel Camilo (guitarrista) e Dikk (baixista).
É de destacar, no seu primeiro álbum, a participação "em dueto com Ménito Ramos" de duas grandes vozes da música portuguesa, como Beto e Sónia Costa, que de uma forma única e pessoal contribuíram com as suas "vozes, a sua amizade e apoio incondicional".
Em 2005, Ménito Ramos lançou o seu 2º álbum de originais, de onde se destaca o single "A noite grita por mim", tema que deu nome ao álbum e que em pouco tempo se tornou um enorme sucesso em todo o país e nos tops das rádios locais. Um álbum onde Ménito Ramos, como produtor, músico e cantor pôde expor as suas variadas influências e, ao mesmo tempo, trabalhar com alguns dos melhores músicos portugueses, recebendo destes o seu precioso contributo musical. "Grandes Baladas", o mais recente álbum de Ménito Ramos, entrou para o TOP 30 de vendas nacionais, após duas semanas da sua entrada no mercado discográfico, onde se mantém até agora.
Iniciou-se no mundo da música aos "nove anos" de idade como teclista, junto com os pais numa banda que actuava em bailes. Por volta dos 18 anos, já tocava em alguns dos míticos bares de música ao vivo em Lisboa e fazia "direcção musical" para alguns artistas do panorama musical da altura. Um pouco mais tarde, começou a fazer as suas "primeiras experiências num pequeno estúdio que construiu em casa" e, algum tempo depois, recorda, surgiram os primeiros convites para trabalhar como "orquestrador/arranjador" de outros produtores, já ligados à produção discográfica de topo.
Mas logo nas primeiras sessões de estúdio percebeu com toda a clareza que era esta a carreira que pretendia seguir, "enquanto a vida lhe permitisse". O facto é que em pouco tempo, surgiram os primeiros convites, para além de arranjos em álbuns, assumir também a respectiva produção. O que, afirma, tem sido uma "viagem alucinante em constante aprendizagem".
A produção, a composição e o canto, diz serem trabalhos "bastante diferentes", pois enquanto em estúdio "procuram" o 'take' certo e adequado, "independentemente do tempo que demore", no palco dispõem de "apenas uma oportunidade" de fazer o 'take' certo. Mas junto com o "risco de falhar, vem a adrenalina", salienta. Ao saber que "partilha" esse risco com músicos em palco, Ménito cria uma "nova oportunidade" de improviso, o que o leva novamente a "alimentar o ciclo da criatividade e inspiração" de cada um. Isto, "mesmo quando não se faz o que era suposto fazer".
Estar perante milhares de pessoas, apesar de poder ser "intimidante", diz ser acima de tudo algo "estimulante e gratificante", reconhece, especialmente quando tem o "privilégio único" de ouvir milhares de vozes a cantarem também canções que ele próprio escreve e que são "fruto da sua imaginação e das suas vivências pessoais". Saber que o seu trabalho pode influenciar a vida de muitas outras pessoas, é, enfatiza, "combustível" mais do que suficiente para querer continuar.
A parceria com Beto surgiu, relata, quando Ménito o convidou para participar no seu primeiro álbum intitulado "Finalmente". Até porque são vizinhos e "partilham imensas influências musicais". Beto aceitou o convite e cantaram em dueto a balada "Quero adormecer".
Por ter apreciado o seu trabalho e o que ouviu de Ménito na altura e,, estando a gravar o seu primeiro álbum a solo, "Olhar em frente", Beto convidou-o a escrever alguns temas. Ménito escreveu três temas, um deles um "enorme" sucesso. Falamos de "Memórias Esquecidas", o primeiro single do álbum.
A partir dessa altura, Ménito passou a trabalhar em "todos" os álbuns do Beto, inclusive o mais recente, "Por minha conta e risco", lançado há poucos meses. Este foi integralmente escrito e produzido por Ménito, que tem também uma participação especial, como intérprete, em dueto com Beto no tema "Não basta o teu olhar" e que o considera "inevitavelmente" um álbum muito especial e pessoal.
Para além desta parceria discográfica, os dois músicos têm também um projecto em que se apresentam em concertos ao vivo e em dueto, com músicas dos repertórios de cada um. Um projecto que lhes tem dado "imenso prazer" desenvolver.
O álbum "Finalmente" foi fundamental, dado que foi o primeiro, mas era a seu ver "pouco coerente" a nível musical, pois Ménito gravou-o pela "necessidade de explorar e pesquisar" áreas diferentes.
De qualquer forma, foi um álbum que o ajudou a "perceber" o caminho a seguir no futuro e onde contou com a participação de uma lista "enorme de músicos únicos e geniais", que com Ménito partilharam o seu talento.
Do álbum "A noite grita por mim" destaca-se o tema com o mesmo título, que fez parte da banda sonora da novela "Mundo Meu". Esta, recorda, foi uma das primeiras músicas que o fez sentir a tal sensação "fantástica" de ouvir milhares de vozes a cantar em uníssono consigo e, admite, será sempre um tema "muito importante" na sua carreira.
Quanto à sua participação em bandas sonoras de telenovelas, a oportunidade surgiu de um convite para escrever e produzir um tema, que acabaria por fazer parte da primeira série de "Morangos com Açúcar". Escreveu "O Mundo não acaba aqui" e, a titulo de "maqueta", enviou o tema que ele próprio cantou, relata.
"Ironicamente, o tema agradou de tal forma que foi aceite de imediato e quando voltei a ouvi-lo, foi já na televisão, integrado na banda sonora da série e nem cheguei a acabar a sua produção"- esclarece.
A primeira experiência correu muito bem, reconhece, e os responsáveis pela escolha dos temas para as bandas sonoras começaram a lançar-lhe desafios, no sentido de escrever "especificamente" em função das novelas, da história e das personagens. Trabalho que avança dar-lhe um "enorme prazer" e que lhe permitiu continuar a participar na maioria das novelas, dos últimos 5 anos.
Segundo o cantor, tudo o que nos rodeia pode ser "motivo" de inspiração, ressalva, indo desde as suas vivências pessoais à vivência pessoal de um amigo. Outras vezes, "simplesmente" deixa-se levar pelo seu imaginário, que reconhece poder conduzi-lo a locais "inimagináveis", onde a sua imaginação e criatividade não têm "barreiras nem limites".
Já tinha ido dar um concerto à ilha de São Jorge, mas na verdade lamenta nunca viajar "com tempo", para conhecer os sítios por onde passa. Mesmo assim, "o arquipélago dos Açores é um daqueles locais deste nosso planeta, que foi contemplado com tamanha beleza e riqueza natural, que não basta uma pequena viagem para o ficar a conhecer. De qualquer forma, o pouco que tive o privilégio de ver, foi realmente fantástico"- acentua, avançando ter sido também "especial", a forma como sempre foi recebido. De tal modo que ficou com a enorme sensação de querer "voltar", o que espera que aconteça em "breve".
Define-se como alguém que tem o privilégio de fazer o que sempre "sonhou" fazer, que aprecia a vida e que a vive "um dia de cada vez", como se fosse o último.
O que mais gosta nas pessoas é a "integridade, a honestidade e a sinceridade". Por outro lado, não gosta de "hipocrisia e de falsidade".
Na sua opinião, a música portuguesa vive actualmente um período muito "complicado", pois devido à "pirataria, à venda ilegal de cds copiados e não originais e aos downloads ilegais", os álbuns originais acabam por não vender o suficiente para "rentabilizar" o investimento feito na produção de um álbum, o que, a curto/médio prazo, conduzirá uma grande parte das editoras e artistas/profissionais da música à "total extinção".
"Não deixa de ser irónico, as pessoas condenarem à extinção os artistas de que mais gostam e cujos trabalhos mais apreciam. Porque apesar de as músicas fazerem sucesso, os álbuns originais não vendem proporcionalmente ao sucesso das músicas, e não rentabilizando o investimento, não se pode gravar um próximo álbum"- salienta.
Segundo Ménito Ramos, as maiores dificuldades de um artista em inicio de carreira em Portugal, prendem-se com a dificuldade em "apresentar e promover" os novos projectos. É difícil encontrar uma editora disposta a fazer o "investimento" necessário para promover um novo projecto e para o levar ao grande público, uma vez que, cada vez mais, acentua, a pirataria "limita" as capacidades de investimento das editoras. Sim, porque o "prejuízo é quase garantido", ainda que os álbuns e as músicas tenham sucesso.
A nível de televisão, o músico argumenta existirem actualmente "poucos" programas que promovam com o devido "destaque" os vários trabalhos musicais. Além disso, há "pouco tempo de antena dedicado inteiramente à música e são poucos os programas de televisão em horário nobre, que se dediquem inteira e exclusivamente à música, como antes havia alguns".
Referindo-se às rádios, afirma que "algumas" cumprem o seu papel na divulgação da música portuguesa, mas outras nem por isso. O artista vai ainda mais longe ao dizer que algumas rádios nacionais, limitam-se a passar os mesmos "5 ou 6 artistas de sempre". E a lei das quotas de música portuguesa "não mudou nada" nesse sentido, apenas fez com que essas mesmas rádios passassem "mais músicas" dos mesmos 5 ou 6 artistas de sempre, critica.
A seu ver, o artista tem "responsabilidades sociais e deve tomar posições", sempre em função das suas "crenças e convicções" sociais e pessoais.
Em termos futuros, Ménito Ramos pretende continuar a fazer aquilo que sempre quis fazer, música. Tem também de cumprir com vários compromissos profissionais que assumiu, nomeadamente a nível de produção/composição. Logo que isso aconteça, o objectivo é começar a projectar "novos desafios", pois não gosta de estar "parado". Mas como sempre, sublinha, "um dia de cada vez".
A banda de Ménito Ramos integra Mauro Ramos (baterista); Gonçalo Pereira (guitarrista); Miguel Camilo (guitarrista) e Dikk (baixista).
É de destacar, no seu primeiro álbum, a participação "em dueto com Ménito Ramos" de duas grandes vozes da música portuguesa, como Beto e Sónia Costa, que de uma forma única e pessoal contribuíram com as suas "vozes, a sua amizade e apoio incondicional".
Em 2005, Ménito Ramos lançou o seu 2º álbum de originais, de onde se destaca o single "A noite grita por mim", tema que deu nome ao álbum e que em pouco tempo se tornou um enorme sucesso em todo o país e nos tops das rádios locais. Um álbum onde Ménito Ramos, como produtor, músico e cantor pôde expor as suas variadas influências e, ao mesmo tempo, trabalhar com alguns dos melhores músicos portugueses, recebendo destes o seu precioso contributo musical. "Grandes Baladas", o mais recente álbum de Ménito Ramos, entrou para o TOP 30 de vendas nacionais, após duas semanas da sua entrada no mercado discográfico, onde se mantém até agora.
Raquel Moreira
Public in Terra Nostra, Outubro de 2008.
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